terça-feira, 5 de janeiro de 2016

40 semanas e 1 dia - quando o tive em meus braços

No dia das 40 semanas a médica fez o toque, disse que o processo estava a encaminhar-se e que eu continuasse a andar para acelerar e não termos de provocar às 41 semanas. Já havia estado com algumas contrações e alguma dor nos dias anteriores depois de caminhar, mas nesse dia pareceu um pouco mais intenso. Quando deitei percebi um ligeiro laivo da sangue e pensei ser o rolhão mucoso. Como as contrações ainda estava espaçadas, resolvi tentar descansar. Três horas depois acordo para ir à casa de banho, com alguma dor mais intensa, e tinha bastante sangue. O sangue continuava e, como havia lido que o sangue do rolhão é pouco e clarinho, fiquei assustada e acordei o J para irmos logo para o hospital.
Chegando às urgências, o médico diz que está tudo bem, que era o rolhão, mas como já tinha dores, o colo estava permeável e era bastante sangue, ficava já lá porque estava em início de trabalho de parto, mas o processo ainda deveria demorar...
Entre as 5h da manhã e as 20h15 esperei pelo meu menino. Não foram horas muito agradáveis porque, apesar de não sentir dor, levei a epidural por volta das 9h30, passei o tempo inteiro a vomitar, mesmo com remédios para o enjoo... Parece que o meu corpo não aguenta os opiáceos... A médica foi me preparando para a grande possibilidade de uma cesariana, já que o bebé era bastante grande e o meu corpo não reagia, nem mesmo com aqueles fármacos para acelerarem o processo. Não dilatei... 
E assim foi. Claro que não foi nada daquilo que imaginei. Ficou a anos luz do meu parto idílico, super natural e lindo. Valeu-me uma prima, enfermeira, que esteve comigo sempre e durante o parto, que me deu um apoio gigante e sem ela teria sido muito difícil. Obrigada G!
Mas, apesar da angústia, quando o ouço chorar pela primeira vez, é um sentimento inexplicável! Não dá para colocar em palavras uma emoção tão grande e tão diferente de tudo o que já senti. A única coisa que consegui dizer, e que disse repetidamente durante uns dois minutos, foi OBRIGADA! Era isso que sentia, gratidão. Uma enorme gratidão por ter meu filho nos braços, por ter o privilégio de sentir aquilo que sentia!  
Um obrigada à equipa do Hospital São Francisco Xavier, que cuidou de mim cheia de carinho e cuidado! Não sei se todas serão assim (não me parece, tendo em conta a médica que me acompanhou nas últimas consultas...), mas tive muita sorte!



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